Eu vi um homem no ônibus se
roçando numa silhueta de boas formas. Vi a água ir a todas as direções quando a
ventania agitou a chuva daquela tarde.
Um menino não conseguia andar sem
se desviar dos transeuntes, pois a direção em que ia tinha pessoas demais.
Eu vi e fingi que não vi um
mendigo defecar próximo à travessia em plena luz do dia! A mulher de vermelho
espirrou e tirou o lenço para se limpar. Acho que não teve a ver com a primeira
visão.
Ah, não. Mas não queria ver o
epicentro da explosão solar; hoje acordei com os olhos sensíveis e incapaz de
tanto.
Tinha sexo oral acontecendo do
outro lado da rua e pessoas usando droga. Uma delas pirou e começou a gritar
que queria ‘’chuva ácida’’ caindo do céu. Pensei: estranho.
Eu vi o mesmo homem que se
excitou atirando no peito da bela silhueta. Parece que ela morreu. Pensei:
estranho.
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