sexta-feira, março 01, 2013

Impressões sobre Cirque du Soleil: Outros Mundos 3D

Quando um sonho atinge seu potencial máximo emergimos no que passa a ser nossa realidade mais pura. ''Venha sonhar acordado'' é o atual slogan dos espetáculos do melhor e mais conceituado circo acrobático do planeta, o Cirque du Soleil, e eu estava lá para acompanhar o ineditismo de um show circense feito para as telas do cinema em terceira dimensão, sob uma enorme expectativa.
Pôster alternativo aqui.
Contém SPOILER: detalhes sobre o final e outros. Se não assistiu, recomendo que visite outras páginas deste Blog.

Mia (Erica Linz), que se vê perdida, talvez buscando um sentido existencial, acaba encontrando o ''Circo Maravilha'' (nome aleatório, que não era o primeiro nome do Cirque du Soleil, como eu pensei  lembro de ter lido por aí que iriam contar a história do Circo...), e lá dentro recebe das mãos de um palhaço de semblante preocupado um cartaz divulgando o Acrobata Aéreo (Igor Zaripov). Ela vai em busca da atração e, lá, acaba mergulhando em realidades submersas, em mundos além do nosso.

A aura de mistério mista a um clima sombrio (marca do palhaço) toma conta da primeira e mais curta parte do filme, aliando músicas que causam angústia, apesar de toda a beleza vista em questão, e que contribuem para nossa imersão naquele mundo mágico. The Beatles está presente nos momentos mais felizes (a parte maior  destaque para o uso de ''Get Back'' e ''All You Need is Love'' num belo encerramento), onde nos pegamos empolgados esperando ansiosamente que Mia encontre o Acrobata e ele consiga se soltar das garras da parte obscura desses outros mundos.

O que dizer do meu tão querido James Cameron (Titanic, Avatar) assinando a produção executiva que teve direção de Andrew Adamson (Shrek, Shrek 2, As Crônicas de Nárnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa e depois Príncipe Caspian)? Essa aliança não podia ter NOS trazido resultado melhor, pois somos nós os brindados: um majestoso banho em nossa tão carente emoção. Que delícia!

Foi melhor do que eu pensei e muito mais do que eu podia sequer esperar. E por quê? A resposta é simples: apesar de minha mente ser fértil e poder alcançar longas distâncias, eu nunca havia assistido um espetáculo deles, seja ao vivo ou por mídia, por isso minha imaginação não ultrapassou os limites que as poucas imagens que eu conhecia estabeleceram para mim. E a experiência em 3D foi I-N-C-R-Í-V-E-L, ainda mais se comparada a que tive ano retrasado com Resident Evil 4...

A ressalva que fica é exatamente sobre o grande conteúdo que é despejado em cima de nós. Muita informação em tão pouco e ao mesmo tempo para um minguado espaço, e aí o positivo se torna negativo. Não me refiro à não compreensão da história, até porque, sinceramente, é a coisa que menos dou valor. Eu só queria entrar, ficar e sair bem. Deu certo.
No Cirque du Soleil a ficção não se separa da realidade, pois elas são uma só. Mas só lá.

Opinião pessoal/expressa: Haja fôlego para ser capaz de receber tanta informação ao mesmo tempo. Nós mergulhamos, sempre com a certeza de que, ao voltarmos, teremos mais coisas fantásticas para viver e sentir, seja na água, na terra ou no ar! Cirque du Soleil: Worlds Away é tão fantástico que eu saí encharcado daquela sessão de cinema!


Muito bom!

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